Uma alimentação verdadeiramente saudável envolve muito mais do que ingredientes e modo de preparo. É claro que uma boa matéria prima, ingredientes naturais e preparo cuidadoso são fundamentais. Mas, você já parou para pensar que a panela que você usa para preparar a sua comida também pode fazer muita diferença?
Talvez seja difícil perceber a interferência do material que você usa na sua saúde, já que os efeitos não são notados a curto prazo. As reações acontecem a longo prazo, substâncias tóxicas podem se acumular no organismo, causando males à saúde.
Saiba quais são os principais materiais encontrados nas panelas do mercado, suas vantagens e desvantagens:
– Alumínio: fácil de encontrar e vendida por um preço acessível, aquece rapidamente a comida, é leve e fácil de manipular. Por outro lado, com o tempo, sua forma pode se alterar e, com o uso, ocorre a liberação de alumínio, material comprovadamente ligado a doenças como o Mal de Alzheimer e câncer.
– Antiaderente: rápido aquecimento, fácil de limpar e possibilita menor uso de gordura. Com o tempo, o antiaderente se desgasta e isso pode promover a formação de substâncias pouco seguras – não deve ser usada para preparar alimentos proteicos como carne, ovo, leite e iogurte. A camada antiaderente é um plástico, e o que há por baixo dela é o alumínio citado acima.
– Aço-inox: fácil de limpar, mantém o calor do alimento e tem maior durabilidade. No entanto, são panelas mais caras, que liberam níquel nas primeiras vezes em que é usada, e o material risca e pode escurecer com o tempo. A recomendação é ferver água nessas panelas por 3 vezes antes de iniciar o uso normal na cozinha. A liberação do níquel pode ocorrer mesmo depois, especialmente no cozimento de alimentos ácidos, como molho de tomates e marinadas à base de limão.
– Ferro: preço baixo – dependendo da marca e acabamento -, durabilidade, mantém o calor do alimento e é fácil de limpar. Porém, elas são pesadas e podem interferir na cor e no sabor dos alimentos. Já existem modelos mais modernos em que o ferro é tratado de forma a não alterar em praticamente nada o sabor dos alimentos. São modelos mais caros, mas de altíssima durabilidade.
– Vidro: boas por serem completamente atóxicas e aquecerem rapidamente os alimentos. São mais caras. O inconveniente é que o vidro, mesmo o das panelas, que é bem grosso, é um material quebrável, portanto a mínima falta de cuidado pode causar acidentes. O fato de ficarem muito aquecidas é simples para quem já está habituado às panelas de ferro.
– Cerâmica: apesar de serem um pouco mais caras que as outras panelas, o investimento vale a pena, já que são fáceis de limpar, antiaderentes e conservadoras de calor. Mas atenção para uma certificação que aponte para a utilização de materiais atóxicos na fabricação. Pesquisas realizadas em Israel afirmam que a tinta presente em panelas não certificadas pode conter chumbo ou cádmio, que se desprendem durante o preparo dos alimentos. Além disso, demora mais tempo que o normal para esquentar, o que faz com que o consumo de energia aumente.
– Pedra sabão: naturalmente antiaderentes, libera cálcio, magnésio e ferro. Mantém o aquecimento, porém cozinha lentamente. Os problemas desta panela são seu peso, fragilidade e a dificuldade de ser encontrada em algumas partes do Brasil.
– Barro: essas panelas mantêm o alimento aquecido por mais tempo e podem ser usadas tanto na chama do fogão quanto no forno. Porém, são pesadas, o aquecimento é lento e a adesão de sujeira é maior.
– Cobre: assim como as inoxidáveis, as panelas de cobre são boas condutoras de calor. Mas não podem ser utilizadas para cozinhar todo tipo de alimento. Ao entrar em contato com o sal ou alimentos ácidos como tomate, limão e vinagre, o cobre pode se desprender da panela. Fique atento sobre que tipo de comida é feita nesse tipo de panela. A intoxicação por cobre pode causar náusea, dores abdominais, problemas gastrointestinais e, em longo prazo, danos aos rins e ao fígado. A vantagem é que pode ser reciclada; Algumas marcas oferecem revestimento interno de inox, o que minimiza os riscos de contaminação.
– Titânio: Esse tipo de panela é mais recente e moderno e, por isso, mais cara. O titânio é utilizado pela indústria, inclusive, para revestir as panelas de cobre e evitar que esse elemento se misture à comida em seu interior. Elas não exigem a fervura que recomendamos nas panelas de aço inox, pois não há liberação de material na comida.
[Fonte: Pat Feldman]